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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
O cartoonista Bob sintetiza no "The Telegraph" a enorme coragem e capacidade negocial que o sempre ridente Tsripas e a pop-star Varoufakis demonstraram à frente do governo grego marxista-leninista e neo-nazi (coisa a que os revolucionários dos cafés de Lisboa parece não terem dado qualquer importância enquanto entre duas bicas e um pastel de nata confundiam o sonho com a puta da realidade...).
Sem outras considerações e com os resultados à vista, lembremos que pelo caminho ficou o enorme regozijo do inefável António Costa apoiando a posição radical do Syriza e que, impante, declarou em momento de ejaculação precoce ao mesmo tempo que renegava a antiga amizade do PS com o irmão helénico, o velho PASOK:
Vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha
Um entusiasmo juvenil que mandou repetir pela boca do porta-voz do PS, um tal Porfírio qualquer coisa ( não fixei o nome, peço desculpa) assim que se souberam os primeiros resultados do referendo num vigoroso OXI que, afinal, para Tsripas & Cª não serve sequer para limpar o rabo a um cão.
Caraças! Teria enorme dificuldade em votar Não ou Sim...Não se percebe nada mas estou em crer que não dominar o Grego, o idioma, não é uma vantagem, não ajuda.
Depois há uma pequena questão quanto à fórmula do boletim. Nisto de referendos é usual a ordem de escolha ser "sim" e não" enquanto neste caso boletim de auscultação apresenta o contrário. Sugerem alguns, presumo-os especialistas em mensagens subliminares e teorias de manipulação de massas, que, e desta forma, o governo marxista-leninista com nazis e nacionalistas extremos à mistura escolhido pelo povo (que pretende o OXI/ NÃO e disso não fez segredo) inclinaria a vontade dos eleitores para o seu lado. Talvez sim, talvez não, mas em qualquer caso não seriam os primeiros a utilizar técnicas sorrateiras para obtenção de resultados. O próprio Adolf Hitler, também ele escolhido democraticamente, levou a cabo um referendo em 1938 em que se pretendia saber a opiniao do alemão quanto à integração da Áustria na então pensada Grande Alemanha. De notar que o referendo falava de reunificação. O velho Adolf conseguiu que 99,7% do povo alemão escolhesse o "sim". Aqui fica o boletim, um documento histórico de democracia em acção: