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Feynman sobre ciências sociais

por jpt, em 07.10.11

Abaixo a AL agitou este filme e eu não resisto a metê-lo. É muito interessante. Não tanto para o discutir, por um lado porque seria anacrónico. Mas por outro porque é muito bem-vindo, apesar da sobrevoar, como se não importasse, a questão crucial, sobre a produção de conhecimentos de tipo diferente. Pois é muito bem-vindo como violenta canelada naqueles dos cientistas sociais - e não só economistas - que se ascendem a curandeiros.

jpt

publicado às 01:49

Feynman

por jpt, em 07.10.11
Uma série sobre Richard Feynman.Para começar a ver, à espera dos próximos episódios ...jpt

publicado às 00:53

Para além da História

por jpt, em 28.03.05

"O novo problema reside sempre naquilo em que não vemos uma saída imediata. Estamos sem saída porque os métodos existentes já não são adequados. Se um destes métodos servisse, seríamos capazes de solucionar o problema. Portanto quando nos encontramos mentalmente bloqueados apercebemo-nos de que estamos numa situação em que a história não pode simplesmente repetir-se.

Esta situação sem precedente é, de facto, extremamente estimulante porque, seja o que for que descubramos ... esta descoberta leva-nos muito para além de um passado conhecido. Assim a história de uma ideia não é, no fundo, essencial para nos revelar como se dão os fenómenos ... o único teste válido em física radica nas nossas experiências - a história é, fundamentalmente, irrelevante. (89)

A única ciência que não admite qualquer indagação histórica é, com certeza, a física. Costumamos dizer que nesta área científica há sobretudo leis. Eis aqui as leis actuais!, dizemos. Nunca nos detemos a perguntar a maneira como chegaram a ser formuladas ... supomos simplesmente que as leis existiram sempre nessa forma, sempre as mesmas leis...

Assim, pode ser, afinal de contas, que mesmo na física, estas leis não sejam idênticas ao longo do tempo e que haja, sim, um aspecto histórico ou evolucionário." (98)

[Richard P. Feynman, Uma Tarde Com o Sr. Feynman, Lisboa, Gradiva, 1991]

publicado às 11:35

...

por jpt, em 27.03.05

"As leis mecânicas que nos permitem prever os fenómenos do universo são muito simples...A Natureza, sabemo-lo, porém, é mais simples do que poderemos imaginá-la através da nossa lógica". (91-96)

"O que caracteriza os bons cientistas é que, façam o que fizerem, nunca estão completamente seguros de si próprios, em comparação com a maioria das outras pessoas. Vivem na e com a dúvida; podem pensar "talvez..." e agir mesmo com essa dúvida, muito embora saibam que tudo não passa de um "talvez". (121)

"Recordemos também a nossa tendência para tornarmos tudo muito mais complexo do que deveras é. Há dias lia ... uma passagem de Espinosa...O raciocínio era absolutamente infantil, mas encontrava-se revestido de um tal palavreado de atributos, de substâncias e de outras banalidades que ... desatámos a rir às gargalhadas. Bem, deve achar que estou a exagerar, rir-me de um filósofo da estatura de Espinosa! Mas acontece que Espinosa não tem realmente qualquer desculpa...Veja bem, pegue numa proposição de Espinosa; a seguir, transforme-a na proposição contrária e examine-a bem. Aposto que não pode dizer-me qual das duas é a correcta.

As pessoas deixam-se impressionar com Espinosa porque este filósofo teve a coragem de encarar as questões importantes. Mas para que serve esta coragem se não leva efectivamente a nada?" (114-115)

"[Os filósofos] Tiram proveito do facto de, provavelmente, não haver uma partícula fundamental última para nos exortarem a não irmos mais além. E ei-los, a seguir, a pontificarem: "O vosso pensamento não chega ao fundo das coisas, deixem-nos dar-lhes uma definição preliminar do mundo". Mas assim não pode ser! Estou decidido a explorar o mundo sem ter dele qualquer definição!" (115)

[Richard P. Feynman, Uma Tarde Com o Sr. Feynman, Lisboa, Gradiva, 1991]

publicado às 11:33


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