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Júlio Resende em Moçambique

por jpt, em 23.09.11

 

Na morte de Júlio Resende lembrei-me da sua passagem por Moçambique - e que já referi numa breve e velha entrada (Maio 2004) -, no já longínquo 1999. Foram momentos deliciosos. A ideia partiu do Paulo Dentinho, então correspondente da RTP em Maputo, e que no meio da azáfama profissional em que andava arranjou tempo para tudo organizar. E assim aqui aportaram sete artistas da Lugar do Desenho/Fundação Júlio Resende: Armando Alves, Francisco Laranjo, Júlio Resende, Manuel Casal Aguiar, Marta Resende, Victor Costa e Zulmiro de Carvalho. Vieram apresentar uma colectiva, esta "Desenho Como Dizer" no Instituto Camões de Maputo. Na altura (tal como hoje) não era nada hábito receber aqui uma comitiva artística daquele quilate e entre os interessados houve grande interesse, diria até "frisson".

 

 

 

 [Júlio Resende, "Figura", Exposição Desenho como Dizer, 1999]

 

(Zulmiro de Carvalho, "Sulcos" (1999); 70x50 cm; Argila c/ resina acrílica [Exposição Desenho como Dizer, 1999])

Assim sendo claro foi que me apresentei à "vernissage". A qual foi um momento encantador - anos passados posso mesmo recordar todo o entusiasmo, sereno, que a acção provocara e como ele implicou essa alegria. Recordo também que o ministro da Cultura moçambicano esteve presente - não o recordo para sublinhar a importância artística, os artistas não são engrandecidos pelos políticos. Mas porque sempre me lembro das suas palavras de então, e tantas vezes as cito, também por isso foi dia importante. Mateus Kathupa, homem muito fino, estava agradado, era notório. E discursou de modo significante, assim ultrapassando as habituais palavras protocolares deste tipo de situações. Muito bem acolhendo os artistas afirmou que nós, portugueses e moçambicanos, não somos irmãos, somos cunhados. Vindo de quem vinha, um homem do norte de Moçambique, onde as formas tradicionais de habitação implicam que os homens em casando vão habitar na casa/território dos seus sogros e cunhados, isto era uma declaração espessa, simbolizando uma grande hospitalidade mas também de grande significado político (e naquele 1999 ainda mais o era, convulsos viriam a ser os tempos imediatamente subsequentes). Armado dos meus galões de antropólogo passei a noite a explicar aos meus patrícios, até surpresos, a dimensão do que Kathupa afirmara.

 

 

Mas o objectivo da viagem não era apenas realizar a exposição de Maputo. O cerne era mesmo partir para a Ilha e aí trabalhar, observar e preparar trabalhos a ela dedicados - os quais vieram resultar na exposição colectiva "Viagem - Ilha de Moçambique", com a qual se veio a realizar uma itinerância internacional em 2004 (não sei se o Paulo Dentinho chegou a acompanhar tamanha acção, eu apenas a posteriori o soube).

 

[Armando Alves, "Ilha de Moçambique, 2003" - Acrílico sobre tela, 45X118 cm]

 

Os motivos da viagem seriam vários: a atracção da Ilha, sempre presente no imaginário comum; o facto dela ter sido poucos anos antes declarada Património Mundial pela UNESCO, o que a fazia presença comum nos discursos e nas ambições estéticas; e também terá sido importante o facto de Armando Alves ter, anos antes, realizado um célebre trabalho para a Gulbenkian sobre a Ilha de Moçambique, o qual desde então ficou um ícone da Ilha, e ao qual ele, de certa forma, regressou nesta sua nova incursão.

 

Preparada estava a deslocação do grupo (cerca de 15 pessoas) à Ilha. Naquela época as comunicações eram piores, as estradas não tão boas, as acomodações locais escassas, tal como os transportes na província, já para não falar nos serviços de saúde. E para além da dezena e meia de viajantes, nenhum deles despiciendo, Júlio Resende, o "mestre" como todos, carinhosa e respeitosamente, o tratavam, era já octogenário. Tudo isso causava preocupações ao diligente Paulo Dentinho.

 

[Francisco Laranjo, "Água e Claro - Escuro I", 2003, Tinta da China s/papel s/alumínio, 200X150 cm]

 

Em conversa foi referindo isso, tipo invocando os espíritos para que tudo corresse bem. Nada como umas conversas longas, e nessas decidimos que eu avançaria também, conhecedor que era da Ilha, e de algumas pessoas de lá, inclusivamente do então elenco municipal. Só "para o que desse e viesse", como quem não quer a coisa. E assim acordámos em fazer aquilo como se tratasse de uma mera coincidência, um encontro de amigos, até para não induzir alguma sombra de preocupação nos viajantes. E deste modo fui, a modos que rectaguarda do Paulo Dentinho e do Rui Assubuji (que o acompanhava como cameraman e companheiro) para quaisquer problemas logísticos que pudessem ocorrer. E na viagem fui acompanhado por algumas amigas, entre as quais a fantástica Okhwiri, que se veio a apaixonar pela Ilha.

 

[Victor Costa, "O Espaço e o Tempo", 2000 - Acrílico s/tela, 170X170 cm]

 

A Ilha é pequena e os conhecimentos comuns facilitaram. Aproveitando quaisquer pretextos, uma ou outra boleia em hora mais solarenga, algum serviço de cicerone, fui-me aproximando do grupo, associando-me a passeios, algumas refeições comuns, a fruir aquelas pessoas, gente bela de olhar límpido ali a sorverem a Ilha, nela encontrando coisas e tons nos quais eu não aprendera a reparar. Nisso, no seio de uma enorme simplicidade dos artistas e seus acompanhantes, uma atitude que tanto casava com o sítio onde estávamos, foram passando os dias - sem que ocorresse algum dos hipotéticos problemas que havíamos temido.

 

Ficaram-me algumas imagens particulares, ecos das quais vim a encontrar anos depois na exposição produzida. Recordo Zulmiro de Carvalho saltando-me do carro "pare! pare! pare! ...", em alvoroço, entusiasmado, como se reconhecesse algo querido, ao deparar-se com uma casa de pau-e-pique mal maticada, se ainda incompleta ou já decadente não lembro, uma dessas que oferecem espantosas texturas aos passantes (e ainda mais profundas quando vistas à luz da fogueira).

 

(Zulmiro de Carvalho, "Muipíti"; 40x30 cm; Fotografia preto e branco [Exposição Viagem. Ilha de Moçambique, 2004])

Mas mais do que tudo lembro Júlio Resende, então com infatigáveis 82 anos. Absorto, como se em apneia, pass(e)ando pela Ilha. Um dia acompanhei-o até ao largo do Hospital onde ele estancou. E, no seu pequeno vulto, acocorou-se sob aquele inclemente sol e deixou-se a esquissar, tempos infindos. Eu, entre o preocupado e o radicalmente espantado, hesitando no que fazer, - "tenho que escrever isto!", pensei -, e acabando por procurar uma sombra onde montei vigia.

[Júlio Resende, "Moçambique" - pastel, 65X50 cm]

 

Alguns meses depois, lá no Porto, e ainda entrando neste ciclo, a Lugar do Desenho acolheu uma colectiva de pintores moçambicanos, uma selecção do Paulo Dentinho: Gemuce, Sitoe, Kheto, Zandamela e Miro, já falecidos os dois últimos, e bem cedo. E que tanto então gostaram. Como me foram ecoando ao longo dos anos.

 

jpt

publicado às 04:54

Arte Invisivel

por jpt, em 13.12.07

(excerto de "3 Tempos" de Gemuce)

(excerto de "Intolerance", de Abdoulaye Konaté)

(excerto de "Cuba Livre", de N'dilo Mutima)

Malhas que a "cooperação" tece ... Uma pequena caixa intitulada "Art Invisible", contendo três volumes cada um dos quais dedicados a um país: Moçambique, Angola e Mali. Uma edição da ARCO 2006 (Feira Internacional de Arte Contemporânea) procurando divulgar artistas inovadores destes países, gente incluída no movimento artístico contemporâneo africano. O critério das opções nacionais é político-diplomático, o patrocínio é assumidamente destinado a países com os quais Espanha tem "estreitas relações de cooperação". Refiro este ponto para sublinhar que não será fácil encontrar alguma coerência no projecto, trata-se da justaposição de autores artistas africanos que procuram a expressão contemporânea, essa talvez etnia cronológica ou atitudinal. Não obsta isso a que os pequenos objectos em questão seja muito interessantes. O pequeno volume dedicado a Moçambique contém um texto de Jorge Dias (ideólogo-mor do Movimento de Arte Contemporânea local) e uma representação de artistas que se vêm salientando. Neste particular campo parece-me que a referência mais feliz se centra nas iniciativas de Gemuce, em especial o seu "jogo da democracia" cuja patente tarda em ser realidade - não como realidade "industrial" mas como corolário da atitude da instalação. E cuja provocação tem passado ao lado, tamanha a surpreendente placidez com que as "aventuras contemporâneas" artísticas têm aqui sido recebidas.

(Anésia Manjate, "Passaste por Aqui", 2006)

(Rui Assubuji, Maputo 2004)

(Gemuce, Jogo Democracia, 2005)

publicado às 21:14

...

por jpt, em 28.11.04
(Rui Assubuji)


Sim, já aqui deixei esta Velha que o Kiko captou algures, e que nos é oferecida no livro colectivo Imagem Passa Palavra.

Mas trago-a outra vez, por ela que tanto o justifica, mas também pelo texto que a acompanha, "A Velha a Rir". A autora, Hélia Correia, é escritora, não lhe exijo requebros e cuidados de ensaísta, de gente das academias, a esculpirem conceitos antes das botaduras (e quantas vezes assim a tudo esfarelarem). Escritora, Hélia Correia, é aqui apenas um espelho, do ainda seu tempo, da ainda sua gente. Diz ela, desta Velha que o Kiko apanhou:

"Esta velha pertence a um grupo humano que nunca se afastou demais do chão. Nem sei se haverá nela cristianismo, mas a sua aliança espiritual faz-se decerto com natureza e os antepassados que ela integra. Não é inteiramente um indivíduo, porque pertence ao corpo da aldeia, respira, sofre e alegra-se em uníssono. Alguma coisa envolve as casas e as famílias, um calor de matilha, a concordância genética do sangue. E tudo se alicerça na memória e na grande energia da linguagem com mais longevidade e arquitectura do que as nossas cidades tecnológicas" (Imagem Passa Palavra, p. 118).

Confesso que já nem me intriga a persistência desta ideia do africano em comunhão com a natureza, uma comunhão que é também com os seus, pois eles próprios tão naturais. Tamanha que esse "indivíduo" ainda não brotou em gente magma. Nem tampouco despontou esse deus, cristão claro, deus superior porque apartado do meio envolvente, natureza e antepassados; e que destes aparta, que se crê num deus produtor de indivíduos, que a sua graça é também a razão, uma estranha teologia tantas vezes inconsciente, mas enfim...

Esta constante crença no homem natural em África, deficitário pois claro, surge por vezes negativa, apenas racista ou somente sofredora com a, ainda assim, magestosa selva a la Conrad - e isso que tanto se nota por cá, com tanta gente chamando "mato" aquilo que foi desmatado (e cultivado) pela população.

Mas, e como neste caso, surge também como se positiva, num fado do bom selvagem. Como o encontram não sei - ao ler isto saltou-me, do fundo da memória, uma Hélia Correia aqui vinda em 1997 por mão do Travessias/Identidades, em absoluto êxtase naturalista com esta "África tão pura" que encontrava nos meandros dos prédios de Maputo.

Já disse, não me intriga a persistência destes preconceitos. Nem me choca o evolucionismo ignaro neste tipo de textos tão bem-intencionados, até querendo-se poéticos. Nem o racismo explícito (não, não é implícito!) ainda que tão apreciador e até solidário. Pois textos destes são espelho violento de quem, afinal, não percebe nada do seu próprio meio e do seu próprio eu, e como tal se desnuda no imaginar de tantos deficits alheios.

publicado às 23:29

Imagem Passa Palavra

por jpt, em 07.11.04
O projecto IDENTIDADES, almeado por José Paiva, lançou esta semana em Maputo "Imagem Passa Palavra", um livro que associa obras de 50 artistas plásticos e 50 escritores dos países de língua oficial portuguesa.

IDENTIDADES é um belo projecto de articulação, centralizado na Cooperativa Gesto (Porto), na Faculdade de Belas Artes do Porto e na Escola de Artes Visuais (Maputo). Desde 1996 que tem desenvolvido as suas actividades, de modo constante. E com muito boa onda. Rara. Para além das manifestações artísticas e da interligação pedagógica, esta muito frutuosa, o IDENTIDADES conseguiu por ora incluir a Faculdade de Arquitectura do Porto no projectar da futura Escola de Artes Visuais aqui.

Muito honestamente Paiva e sua gente, bem como a EAV, têm dado um exemplo de como com algum apoio institucional, nada faraónico, se podem produzir belos e duradouros frutos na "cooperação" cultural. E, repito, têm muito boa onda. Em linguagem mais séria, entenda-se mais política, dir-se-á que têm a atitude correcta para quem faz coisas num estrangeiro muito especial. Um estrangeiro mútuo. Enfim, são um case-study. Aliás a ser feito. Que venha a servir para consulta aos candidatos a profissionais!


"IDENTIDADES é um movimento artístico, iniciado em 1996, com um programa de intercâmbio cultural entre Moçambique e Portugal. Desde aí tem cumprido diversos projectos e realizações, partilhadas também por pessoas de Brasil e Cabo Verde, países ligados pela língua portuguesa.

Em 200, o IDENTIDADES inicia a sua actividade editorial em livro com o lançamento da "Colectânea Breve da Literatura Moçambicana". Este livro reúne prosa e poesia (inédita ou não) de escritores moçambicanos, quer jovens, quer consagrados. (...)


A teia de relações que se estabeleceu ... animou-nos para a continuação da actividade editorial... Nesta nova obra invertemos a corrente: a imagem foi realizada primeiro, por 50 artistas plásticos...A partir das imagens, os escritores desafiados escreveram 50 textos inéditos, sendo que ficou estabelecido que os "duetos" não deveriam ser formados por pessoas da mesma nacionalidade (...)

Identidades, 2004".

Do livro retiro algumas ilustrações, ao meu gosto. Para provar que vale a pena? Sim, mas acima de tudo por prazer. E amizade. Assim aqui ficam pequenos excertos, de onde há muito mais.

O Velho ainda legou este:

Minha pausada forma de respirar.
Meu impestanável silêncio absorto.
A cabeça inclinada para o lado inverso
e nos lençóis a imobilidade dos dedos
não significa para a jovem nua deitada à esquerda
que o Zé da viagem aos cios do grande rio Zambeze
regressa ao Zé dos imenso lago Niassa do tédio?

(José Craveirinha)


(Rui Assubuji)

Suleiman Cassamo está, e é sempre bom sabê-lo na escrita. Faz falta. Em especial quando vem dizer: "Agora, o menino ranhoso que mijava no ntehê, nas costas da mãe, é dono do seu nariz. Acredita não ter inventado não só a vela mas também o vento da sua errante navegação. Revê-se na aranha, traçando o seu destino cósmico com a matéria da própria saliva".


(Ciro Pereira, fragmento)

Guita Jr. numa prosa até longa que lhe desconhecia, com a bela história de "Jesuíno Zaqueu, o Zaqueu para toda a gente da pequena e humilde cidade do sul, cantava cego o seu refrão para os transeuntes surdos da sua canção...Uma existência de total remissão. De pecado."


(Gemuce, fragmento)

Panguana também veio, para acabar: "E de vez em quando um pássaro que irrompe casa adentro e ensaia um cântico sempre que o poeta, triunfante, olha para o poema acabado e grita: Eureka!"



(Idasse, fragmento)


E muitos outros, daqui e não.

Confesso que estes livros, coisas objecto, colectâneas-encomendas, nunca me dizem assim nada, quase sempre falham. Coisa diferente aqui. Alquimia. Talvez a alquimia do IDENTIDADES.

publicado às 08:16

Exposição sobre a Ilha

por jpt, em 10.05.04

(Zulmiro de Carvalho, "Sulcos" (1999); 70x50 cm; Argila c/ resina acrílica [Exposição Desenho como Dizer, 1999])

 

Nas andanças de fim-de-semana deparei, que surpresa, ali no Centro Cultural Português, na Nyerere, com uma bela exposição sobre a Ilha, da autoria de sete artistas da Lugar do Desenho/Fundação Júlio Resende: Armando Alves, Francisco Laranjo, Júlio Resende, Manuel Casal Aguiar, Marta Resende, Victor Costa e Zulmiro de Carvalho.

 

Inaugurada já a 28 de Abril passado, disse-me a menina da porta que para integrar a agenda da conferência dos ministros da cultura da cplp, e por cá até ao próximo dia 15 de Maio. A ver. Depois as obras serão mostradas na Ilha, e ainda bem, é assim que deve ser, levar o fruto do trabalho ao sítio onde este nasceu é obrigação moral nem sempre cumprida.

 

E diante da exposição não posso deixar de recordar este episódio.

 

Em 1999 estava eu na Ilha e, pura coincidência, deparei-me com este grupo de artistas e seus acompanhantes, entre os quais a equipa da RTP em Maputo, os meus conhecidos Paulo Dentinho e Rui Assubuji. Tinham eles exposto em Maputo (simpáticos, logo me ofereceram o pequeno catálogo) e ali estavam para preparar uma nova exposição dedicada à Ilha, esta que longos cinco depois agora por cá aportou.

 

A Ilha pequena e os conhecimentos comuns foram suficientes para que me aproximasse eu do grupo, tive a honra de uma ou outra refeição comum e até o prazer de lhes poder ser útil, alguma boleia em hora mais solarenga. Gente bela, um olhar límpido, talvez necessário para quem cria observando.

 

Entre outras duas imagens especiais me ficaram, e que por vezes me regressam sem que eu dê conta do porquê. Mestre Júlio Resende, então com infatigáveis 82 anos, absorto, desenhando de cócoras, sob o inclemente sol. E Zulmiro de Carvalho saltando-me do carro, entusiasmado, como se reconhecesse algo querido, ao deparar-se com uma casa de pau-e-pique mal maticada, se ainda incompleta ou já decadente não lembro, essas que oferecem espantosas texturas aos passantes (e ainda mais profundas quando à luz da fogueira).

 

(Zulmiro de Carvalho, "Muipíti"; 40x30 cm; Fotografia preto e branco [Exposição Viagem. Ilha de Moçambique, 2004])

 

Não há dúvida, há momentos de conhecimento que são de reconhecimento. Sensações, se se quiser.

Gente grande, soube ainda que organizaram uma exposição no Porto de jovens artistas moçambicanos. Tive ecos, funcionaram os amigos comuns, do grande agrado destes: Gemuce, Sitoe, Kheto, Zandamela (hoje doente) e Miro, já falecido e que por isso mesmo aqui recordo.

 

publicado às 09:28


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