O que vou dizer garante-me o caminho do calvário, mas, de todos os pianistas portugueses que ouvi, Sequeira da Costa é, de longe, o que prefiro. Para além da sua capacidade como intérprete superior, gosto-lhe do mau feitio, do incómodo que causa a tanta gente e sobretudo o que sabe de Música, como a pensa e como a executou e ainda executa. Fim do calvário, icem a cruz e pendurem-me: para mim Sequeira E Costa, esteve nos finais dos anos 70 a cair para os 80 (séc.XX) no Top 10/ 15 dos pianistas mundiais. Vale a pena ouvir também o que diz da entrega diária ao piano e como seria a maçada (para ele) ser um concertista frequente. Os seus alunos devem sofrer horrores mas, ao que parece, admiram o professor, o Mestre. Um bruto sensível e de um pianismo extraordinário.