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Lincoln, de Spielberg

por jpt, em 12.03.13

 

Os ecos da sua qualidade, da superlativa interpretação de Day Lewis, impeliram-me a esta novidade. Vendeu-ma David, ali ao "Vosso Supermercado", verdadeira cópia pirata, algo que não costumo fazer (comprei também o "Django", já agora), o que me custou a reprimenda da minha filha, um "pai, isso não se faz" que me enche de orgulho.

 

 

Sobre Lincoln, personalidade histórica, muito está dito. Sobre a excelência de Day Lewis, que protagoniza o filme, já é conhecida há décadas também. Spielberg é um dos heróis da nossa geração, "Encontros Imediatos ..." à frente. Este "Lincoln" pode ser abordável por vários pontos de vista, cinéfilo - e nisso fazendo apelo ao magma da tradição cinematográfica que ali, apesar de leigo, consigo entrever - literário até, estético. Ou até uma semiologia (fora de moda). Ou ainda a necessária reflexão sobre o condimento ideológico, a produção discursiva para consumo interno americano e para a constante disseminação externa da grande nação "arco-íris" "democrática". E haverá ainda outras formas lúcidas de o olhar, dissecar. Até pelos grandes e excelentes participantes (para mim com particular prazer revendo James Spader, para sempre o mano-mais-novo do meu outro alter ego Danny Crane).

 

Mas essa tentativa de dissecação não a farei aqui. A meio do filme, já expulsa a família, estremunhei no sofá. Depois, voltei e acabei-o. Uma grande chatice, cinzenta. Uma pepineira, como antes se dizia. Que pelos vistos tantos gostam. Um desperdício de tempo, tão necessário ele é aos domingos à noite para ver os resumos do futebol alemão.

 

A culpa deve ter sido da cópia. Pirata. "Pai, isso não se faz". Não se faz mesmo. 100 paus para o lixo. E uma grande seca.

publicado às 06:26

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por jpt, em 22.03.05

- "Você tem o ar de um trapista. Exagera o princípio da gravidade que em Londres lhe incuti. O ar triste não pode ser de bom-tom; é um ar aborrecido que se deve ter. Se está triste é porque qualquer coisa lhe falta, qualquer coisa que não lhe saiu bem. É mostrar-se inferior. Se, ao contrário, estiver aborrecido, é porque aquilo que em vão tentou agradar-lhe é que é inferior. Compreenda, portanto, meu caro, como o engano é grave. (...) recorde-se do grande princípio do nosso século: seja o contrário daquilo que esperam de si."

[Stendhal, O Vermelho e o Negro]

publicado às 11:25


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