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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Spielberg fala aqui das causas do relativo falhanço comercial nos Estados Unidos do seu Tintin - na prática deu imenso lucro. E sossega os admiradores reafirmando que a continuação acontecerá, com realização de Peter Jackson.
Só agora, ontem mesmo, vejo o fime, no pequeno formato dvd caseiro. Tinha ouvido alguns ecos, pouco entusiastas, daí que as expectativas não eram grandes mas a minha "afición", enorme, imorredoira, ultrapassou esse negativismo - e isto para além do meu haddockismo ideológico, esse que raia o fundamentalismo. E ... gostei, gostei bem do filme. Confesso que me senti um bocado desconfortável com os exageros de filme de acção - entre os salteadores da arca perdida e os piratas das caraíbas. A Spielberg, apesar de tudo um americano, falta o charme europeu, esse que Hergé traduziu no mesclar de um mundo de aventuras com um realismo que torna credíveis todos os passos. Algo que o mundo das pipocas incompreende, pois sempre mais grosseiro. Mas, ainda assim, apesar da pequena flatulência inscrita nesses exageros, o Tintin está ali. E fico ansioso pelo segundo filme - torcendo para que Peter Jackson compreenda que não está no mundo de Tolkien (ou da Marvel).
jpt