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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Na Escola Portuguesa de Moçambique encontrei esta exposição das Bonecas de Capulana, de Suzete Honwana. As fotografias (telemóvel Nokia, jpt a clicar) são paupérrimas, mas quero deixar memória. Duas razões - a primeira é "leve-leve", e particularmente em época natalícia (potlatch familiar): estas bonecas são um mimo de prenda, encantam qualquer um(a) e não são caras.
A segunda razão é menos "leve". Através destas bonecas Suzete Honwana vem propondo um historial do vestuário em Moçambique, e bem documentado (ver a primeira foto, bem apoiado por iconografia na peanha) - por enquanto centrado no uso dos panos, pois não tenho conhecimento da sua abordagem às fibras vegetais anteriores à disseminação dos panos orientais. Nesse âmbito, também lúdico mas não exclusivamente, histórico-antropológico esta produção de bonecas é interessantíssima.
Sei que em tempos alguém intentou levar uma exposição destas até Portugal, porventura ao Museu do Traje. Acompanhada de uma parafernália ensaística tal seria (será?) um evento a muito acarinhar.
Na Fortaleza uma bela exposição de artesanato, peças da autoria de Suzete Honwana. Bonecas trajadas de capulana, percorrendo vários estilos de indumentárias na história das populações moçambicanas - o catálogo vem acompanhado de um pequeno, mas informativo, texto de Benigna Zimba sobre a história da capulana em Moçambique.
Como lisboeta logo imaginei um desenvolvimento desta exposição - talvez um pouco mais trabalhada, um catálogo mais consistente graficamente e, até, historicamente mais profundo - a ser apresentada no Museu do Traje. A ver se alguma instituição assume o assunto. E se tal corresponde ao interesse da artesã.
Na Fortaleza uma bela exposição de artesanato, peças da autoria de Suzete Honwana. Bonecas trajadas de capulana, percorrendo vários estilos de indumentárias na história das populações moçambicanas - o catálogo vem acompanhado de um pequeno, mas informativo, texto de Benigna Zimba sobre a história da capulana em Moçambique.
Como lisboeta logo imaginei um desenvolvimento desta exposição - talvez um pouco mais trabalhada, um catálogo mais consistente graficamente e, até, historicamente mais profundo - a ser apresentada no Museu do Traje. A ver se alguma instituição assume o assunto. E se tal corresponde ao interesse da artesã.