Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



A Vera no "Público"

por jpt, em 19.10.15

surf.jpg

 A primeira fotografia, na praia da Amoreira, que deu origem ao projecto de Vera Azevedo

 

E assim de repente a "nossa" VA (Vera Azevedo) aparece no "Público", um bonito artigo de Marisa Soares dedicado ao projecto que a Vera está a realizar, o "Sal e Filhos - Gerações do surf na Caparica", coisa assim tipo etnohistória, deliciosa. E tem direito a duas páginas de jornal, com belas ilustrações e tudo. A gente aqui do ma-schamba ficou toda ufana, claro. Aqui transcrevo parte do artigo (o resto não tem acesso livre):

 

Vera fotografa as gerações que se cruzam nas ondas da Caparica

"Sal e Filhos - Gerações do surf na Caparica" é o projecto de uma apaixonada pela modalidade que quer retratar surfistas anónimos e os seus filhos, com quem partilham a prancha e a paixão pelo mar.

 

Um dia de sol à beira-mar na praia da Amoreira, na costa vicentina. Um grupo de amigos surfistas, pais e filhos, em calções de banho, cada um agarrado à sua prancha pousada na vertical. Uma fotografia "à havaiana", a preto e branco, tirada com a máquina analógica que Vera Azevedo herdou do pai. Nesta "brincadeira" de Verão, a actriz de formação, mestre em antropologia e apaixonada pelo surf, encontrou o mote para um projecto que visa retratar as várias gerações de surfistas da Costa da Caparica, em Almada.

Foi quando revelou o filme que percebeu o que tinha em mãos. Vera, 49 anos, vive a poucos passos da praia onde todos os dias dezenas de homens e mulheres de todas as idades tentam apanhar a melhor onda e ficar em pé na prancha enquanto deslizam sobre a água salgada. "Pensei: era giro fazer isto na Caparica pois há tantos pais e filhos que surfam juntos e tão poucos registos sobre isso." Nascia assim o projecto Sal e Filhos - Gerações do surf na Caparica, primeiro no Facebook, mas já com direito a site próprio, ainda em desenvolvimento.

 

A ligação de Vera à antropologia levou-a a querer ir além dos simples retratos, que tira sem grandes preocupações estéticas (até porque não tem qualquer formação em fotografia e ainda está a descobrir-lhe os segredos), tentando registar a história pessoal daqueles "anónimos à procura da onda perfeita". O objectivo é também "divulgar uma forma de ser e de estar muito peculiar, que alia o desporto e o meio natural", antes promovida por um "pequeno grupo de entusiastas" que "se iniciaram nesta 'coisa' das ondas nos anos 80 do século XX", mas já partilhada com a segunda geração de surfistas, os filhos, que tomaram o gosto à "imensidão de beleza que é o oceano".

Vera também se apaixonou pelas ondas. Aos 40 anos, uma amiga desafiou-a a inscrever-se num curso de surf. Praticou durante um ano até torcer o pé numtake off (o movimento rápido em que o praticante se levanta na prancha) mas nem isso a demoveu. "Passei a fazer bodyboard, todos os dias antes de ir trabalhar [faz produção técnica no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, há 20 anos] ou ao fim do dia.".

 

Desde que decidiu arrancar com o projecto, a autora fotografou seis duplas, sem contar com os amigos na praia da Amoreira. Por duplas entenda-se pais e filhos ou filhas. Segundo Vera Azevedo, não há muitas mães a surfar com as filhas, comprovando em parte o perfil-tipo do surfista português: sexo masculino, idade média de 28 anos, formação superior e profissionalmente activo. A Associação Nacional de Surfistas estima que existam cerca de 200 mil praticantes, 99% amadores.

Os alvos da máquina analógica de Vera são pessoas que conhece - "quando surfamos muitos anos num local conhecemo-nos nem que seja por partilharmos o mesmo 'pico'" - ou desconhecidos que ela aborda na praia. Ao princípio, admite, "ficam desconfiados mas depois acham a ideia gira e acedem em tirar fotos". Outros são amigos que apoiam a ideia "incondicionalmente" e até sugerem outras famílias. "Há quem me contacte através do Facebook a dizer que a ideia é genial e que gostava de ser fotografado. É bonito."

 

Enquanto revela fotografias, colecciona histórias. Sabe "episódios curiosos" de surfistas da Caparica que, na década de 1990, "se atreviam na praia do Norte na Nazaré sem logística absolutamente nenhuma e apanhavam valentes sustos". Voltavam lá mesmo assim. Conhece outros que "iam de carro pessoal para França depois de saírem do trabalho para entrarem num heat [uma fase da competição] do circuito europeu". Alguns deles, acrescenta, correram os circuitos de surf nacionais e europeus quando eram jovens e agora os filhos seguem-lhes os passos.

 

Com o Sal e Filhos, Vera Azevedo espera perceber as dinâmicas da comunidade de surfistas da Caparica, cumprindo em parte o objectivo da candidatura que fez a uma bolsa (não atribuída) da Fundação para a Ciência e Tecnologia sobre o impacto do surf nas comunidades piscatórias da Caparica, Ericeira, Peniche e Nazaré. Destas quatro, é a primeira que parece mais votada ao esquecimento, apesar de ser "surfável" durante o ano inteiro, mesmo com tempestade no mar. "A Costa da Caparica parece esquecida junto dos media e parece-me que a questão passa pelo pouco apoio autárquico mas também pela falta de divulgação das boas condições para a prática da modalidade", considera.

 

(continuação)

publicado às 12:44

 

Mais do que evidente, é descarada a publicidade que fazemos à estrela da nossa companhia, a VA, a Vera Azevedo. Quem a quiser ver em carne, osso na ribalta iluminada, tem mais este fim-de-semana e o próximo ex-feriado 1º de Dezembro para o fazer no Auditório do Centro Cultural da Malaposta, às portas de Lisboa. Aqui ficam algumas imagens da nossa menina, que depois de um intervalo que durou 10 anos, regressou aos palcos ao lado de Alberto Quaresma, Joana Brandão e Mísia na peça "O Matadouro Invísivel", da autoria de Karin Serres e encenada por José Martins, que foi o impulsionador da transformação de um antigo matadouro em teatro.

VA, agora a ma-schambeira, confidenciou nos bastidores que voltará ao blogue depois dos aplausos.  

 

Muita merda para ela!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

Fotografias: miguel valle de figueiredo

 

6ª e Sáb - 21.30h
Dom - 16.00h
Preço: Barato (12,50€ por 70 minutos de bom teatro)

publicado às 23:11
modificado por VA a 16/12/13 às 23:57

A nossa estrela estreia hoje!

por mvf, em 07.11.13

10 anos 10 depois - e antes tarde que nunca - a nossa menina, a VA, a Vera Azevedo, volta à luzente ribalta teatral. Nós orgulhosos e contentes. Ela diz que vai para o matadouro e é rigorosa: Karin Serres, conhecida e importante dramaturga gaulesa escreveu o texto a partir de um facto: a transformação do ex- matadouro de Olival Basto, às portas de Lisboa, em teatro, o Teatro da Malaposta. Vão vê-la, radiosa, amais o restante elenco que conta com a estreia de Mísia, a das cantorias, como actriz. 70 minutos coma nossa estrela!!!

Muita merda para ela que é cá da gente!!!


Centro Cultural Malaposta

NOV 7 a 24 | DEZ 1
QUI A SÁB - 21H30
DOM - 16H00

AUDITÓRIO

12,50€ 
70 MINUTOS 
M/12

                                                  

publicado às 13:26
modificado por VA a 16/12/13 às 23:59

Um Vero aniversário

por jpt, em 15.07.13

 

Hoje a Vera Azevedo (VA) faz anos. Afastada daqui, trocando o blog pelas suas ondas. Saúdo a data. A VA era uma comentadora residente do ma-schamba e um dia fui a Lisboa e conheci-a pessoalmente. Recordo, assim, esse belo momento ....

 

Um beijo VA, e parabéns.

publicado às 16:03
modificado por VA a 17/12/13 às 00:00


Bloguistas







Tags

Todos os Assuntos