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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
A AL já invectivou (e de que maneira) o tonto filme anti-finlandês, agora muito em voga no Portugal ofendido. E agora, diante do bacoco patrioteirismo de Carlos Carreiras, o presidente da Câmara de Cascais, a AL tem um delicioso trecho de haddockismo que me fez recordar duas velhas entradas dedicadas a essa elevada cosmovisão, a minha verdadeira ideologia. Aqui as repito, ligeiramente retocadas:
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["Público", 8.5.1992, um recorte de jornal que então fiz, ao conhecer esta publicação de um livro ambicionável, e o qual guardei durante estas décadas, demonstrando o extremo culto pela personagem]
"..."Le Haddock Illustré" (Bibliothèque de Moulinsart, Éditions Casterman), uma recolha exaustiva de todos os palavrões e demais expressões grosseiras proferidas por essa personagem, quase sempre em estados de grande excitação e cólera ... Albert Algoud propõe-se demonstrar que o insulto pode ser considerado como uma das bela-artes..." (postal no ma-schamba em 24.7.2005)
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"O precursor do bloguismo", ma-schamba em 10 Setembro 2008
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Na minha recente deslocação à sua terra (Bélgica) perguntei-me, ansioso, se encontraria o grande Capitão, esse precursor do bloguismo:
Felizmente tal aconteceu, sob a excelsa forma deste Le Haddock Illustré. L' Intégrale de Jurons du Capitaine Haddock, de Albert Algoud (Casterman, 1991) - sobre o qual em tempos transcrevi um recorte de 1992. Do livro se poderá dizer que mais vale tê-lo tarde do que nunca. E será de assinalar um belo prefácio intitulado "De l' insulte considérée comme un des beaux-arts", que assim culmina: "Grâce à lui, décrochés de leur usage convenu, arrachés à la routine, les mots sont lancés en un jubilatoire et baroque volée de bois vert qui leur redonne une vigueur surprenante. C'est en pòete inspiré que le Capitaine restitue aux vocables leur valeur sonore, forge des métaphores inattendues, mitraille par rafales d' images éclatantes". (12)
jpt