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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Ainda a propósito dos últimos acontecimentos e após a confusão e falta de discernimento que se generalizou nas redes sociais, deixo-vos a reflexão sobre o atentado à revista Charlie Hebdo por parte do filósofo, teórico crítico e cientista social Slavoj Zizek.
Para quem não está familiarizado com este pensador, Slavoj Žižek é pesquisador do Instituto de Sociologia, na Universidade de Liubliania, Eslovênia, e professor-visitante em diversas universidades americanas, Columbia, Princeton, New School for Social Research, New York University, University of Michigan.
O seu trabalho é considerado como vibrante, cheio de humor, deixando de lado diferenças entre formas altas e baixas de cultura e o seu carisma conferiu-lhe o estatuto de 'superstar' no mundo da teoria contemporânea.
Slavoj Žižek tornou-se amplamente reconhecido como teórico contemporâneo a partir da publicação de 'O Sublime Objeto da Ideologia', seu primeiro livro escrito em inglês, em 1989. As suas reflexões não podem ser facilmente categorizadas e nelas encontramos um retorno ao sujeito cartesiano e à ideologia alemã, especialmente aos trabalhos de Hegel, Kant e Schelling.
Resta também salientar que Slavoj Žižek é ateu e a sua produção crítica não encaixa nas análises teóricas tradicionais. Ao ressalvar que para entender a política de hoje precisamos de uma noção diferente de ideologia, frequentemente costuma ser 'politicamente incorreto' e causar diversas polêmicas em vários círculos intelectuais.
VA